Friday, November 25, 2005

Programa de Fim-de-Semana

Amigos da Antropologia e afins...

Venho dar uma dica para o fim-de-semana, vai decorrer na FIL- uma Exposição de Arte Contemporânea que aconselho.
Podem ver mais informações em: http://www.fil-artelisboa.com/PT/index-pt.asp
A minha preferência vai para o promissor pintor Rodolfo Bispo que tem quadros expostos na Galeria Monumental.
Alguém descreveu a pintura do Rodolfo como actual, real tendo como ingrediente principal a inocência. CONCORDO e RECOMENDO! Bom fim-de-semana!

23 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Para mim, pintura... só se for banda desenhada!:)

3:48 AM  
Blogger Violeta Viole(n)ta said...

E pornográfica, n?

6:05 AM  
Blogger Marta said...

Há de tudo para todos. Existem stands com galerias com um pouco de tudo.

3:18 PM  
Anonymous Anonymous said...

Eu não compreendo esta cena toda da arte.:(

Isto é um quadro do Rodolfo Bispo:

Body Part - Rodolfo Bispo.


Qual a piada disto?:) Porque é que isto é bom?

8:05 AM  
Blogger Marta said...

Um dia, sentia-me eu um pequeno átomo no Universo enquanto contemplava um quadro de Miró e a pessoa que me acompanhava disse: "Isto até eu consigo fazer", pois eu acho que ninguém consegue fazer arte sem sentir e os olhos de quem contempla o quadro tem que sentir, e não temos todos que ver o mesmo, se um quadro do Rodolfo ou do Miró não alcança o nosso sentir, das duas uma, ou aprendemos de que tipo de arte gostamos e percebemos porque aquela não nos diz nada, ou olhamos e observamos até compreender a mensagem que o pincel preencheu.

P.S- Também não te entendo ...não pediste banda desenhada? os patinhos não são suficientes?

12:39 PM  
Anonymous Anonymous said...

Miró... hum...

Personage Throwing a Stone at a Bird

Olho para este quadro do Miró e penso "Não era mais facil o gajo simplesmente admitir que não sabia desenhar?".:)

Agora mais a sério:

"... das duas uma, ou aprendemos de que tipo de arte gostamos e percebemos porque aquela não nos diz nada, ou olhamos e observamos até compreender a mensagem que o pincel preencheu..."

Gostava de apresentar aqui uma terceira hipotese. Certas pessoas gostam de carne outras não. Certas pessoas gostam de bebidas alcoólicas outras não.
Não será de admitir que certas pessoas gostam de arte e outras não?

Será que o facto de um quadro do Miró ou do Rodolfo ter o mesmo efeito em mim que um banco de jardim pintado de verde, é mesmo uma falha minha? Será mesmo falta de compreensão da minha parte?
Não pode ser simplesmente porque não gosto de pintura?

5:05 PM  
Blogger Marta said...

Será que estou a notar uma certa agressividade nesta resposta?
Tens toda a razão podem ser três hipóteses, e a terceira és tu.
Desculpa não te quis irritar, é que tu és grande e eu como sabes sou de uma estatura que só "gigantes" como eu respeitam.
Respira fundo...e esquece a minha impertinência. Não volta a acontecer, senhor Engenheiro.

6:32 AM  
Anonymous Anonymous said...

Não, não. :) Já me conheces o suficiente para saber que seria preciso muito mais que isto para me chatear!:)

O defeito de se falar através dum blog e não ao vivo, no Bairro Alto com um jarro de sangria (ou outra coisa, já que eu não gosto de sangria :) ) é que não ouves o tom de voz nem consegues ver a expressão com que as coisas são ditas! Mas garanto-te, Gaja La Bonne, que se estivesses a ver-me quando escrevi as linhas acima, não verias qualquer pingo de amargura ou agressividade.
Apenas o desejo de te espicaçar um pouco e aprender algo de novo sobre o teu mundo!:)

Desculpa se pareci agressivo... no futuro terei muito mais cuidado com a maneira como escrever aqui.

4:16 PM  
Blogger Marta said...

olá meus amigos.
Vamos discutir um assunto do qual eu gosto muito - ARTE - mais aconselho que o local da nossa tertúlia seja alterado, assim passávamos da sangria do Bairro Alto para uma visita ao museu Azeredo Perdigão - Fundação Calouste Gulbenkian, lá encontramos quadros do GRANDe Almada Negreiros, entre outros . Eu gosto muito de pintura, e estou de acordo que é preciso ter muita imaginação ou então ter uns olhos curiosos que veêm para lá do que é óbvio.

Taz por favor não tecles com tanta força magoaste-me os meus mais profundos sentimentos. Ihihihih

Quanto ao no.one.99, lá ganhámos outra vez e já estamos à frente no campeonato. Entretanto posso dizer-te que andam almas soltas no Guernica, mortas na Guerra Civil espanhola. Grande momento vislumbrar essa quadro, um dos melhores dias da minha vida.

7:06 AM  
Anonymous Anonymous said...

Pronto... vamos lá falar de arte! Segundo Tolstoy para perceber arte primeiro temos de deixar de ver a arte como uma fonte de prazer e começar a vê-la como um estado da vida humana. Ao ver as coisas desta maneira compreende-se que a arte é um meio de comunicação entre duas pessoas.
Todos os trabalhos artisticos fazem o receptor (pessoa que vê a obra) entrar numa relação como a pessoa que fez ou está fazendo a obra e com todas as pessoas que tenham sido ou que venham a ser tocadas pela dita obra.
A arte é a transmissão de dos sentimentos duma pessoa a outra através dos sentidos da audição ou visão da pessoa receptora.
Da mesma maneira que quando uma pessoa vê outra irritada, acaba por também ficar irritada, a arte pretende que o receptor consiga sentir o sentimento transmitidos pelo artista. Tolstay avisa no entanto que uma pessoa que faz surgir noutros sentimentos apenas no exacto momento em que os está a sentir (por exemplo, quando alguém boceja e as pessoas à sua volta não conseguem evitar e começam a bocejar também), isto não é arte.
Arte apenas começa quando alguém, com o intuito de transmitir o que sentiu a outros, descreve uma situação ou ideia através de factores externos. Por exemplo, um rapaz que foi perseguido por um lobo e depois relata aos amigos a situação toda e consegue transmitir aos ouvintes o medo que sentiu na altura, isto é arte.
Mesmo que a pessoa que está a contar a história não tenha passado pela situação, mas consiga transmitir o sentimento.. isto continua a ser arte.

8:33 AM  
Anonymous Anonymous said...

Ora segundo o testamento acima, não preciso nem de imaginação nem de inteligência para sentir arte. É preciso é o artista falar numa linguagem que me faça sentir "dentro" do que está a ser transmitido.
Portanto, se eu não acho que um quadro é lindo e a minha amiga La Bonne acha ou vice versa.. não se trata de limitação de nenhuma das partes. Significa apenas que um de nós não reage aos estimulos usados pelo artista na criação da obra dele.

Concorda comigo Gaja La Bonne, ou nem por isso?:)

8:37 AM  
Blogger Marta said...

Concordo e não concordo. O Senhor Tolstay que me perdoe, mas não existe essa comunhão na transmissão da arte. Imagina tu que eu estou a passar por um quadro branco (estou a recordar a peça de teatro - A Arte) e vejo nele esperança porque sou uma pessoa positiva e passas tu por exemplo, que és alguém triste e nostálgico, e o mesmo quadro para ti representa o fim de tudo, a morte, a não-existência, a maldade, etc...Então qual era mesmo a mensagem que o artista queria passar? Se calhar nenhuma destas. Concordo contigo quando me disses que tanto tu como eu não somos limitados, pois não somos, temos uma maneira de ser e de estar no mundo diferentes, portanto perspectivas e gostos diferentes. Em suma aquilo que para mim é uma excelente obra para ti pode ser um pedaço de papel mal utilizado, mas isso porque, como em outros aspectos da vida, a arte é interpretada com uma mistura de experiências vividas e com a sensação do momento. É como o Heráclito disse (por acaso era um tipo inteligente)"O mesmo homem não atravessa o mesmo rio duas vezes, porque o homem não é o mesmo nem a água do rio a mesma." Então imagina duas pessoas diferentes acharem a mesma coisa, é tipo achar uma agulha no palheiro. O que achas disto Tas? Não estás bem nem estás mal, tás como Tas!

12:45 PM  
Anonymous Anonymous said...

Se eu olhar para o quadro branco e pensar em morte e tu em vida... e o quadro se chamar "Entre a vida e a Morte", então ele tocou-nos aos dois e o artista conseguiu transmitir a sua ideia ou o seu sentimento. Se o quadro se chamar "A Morte" então o que se passou, para ti, não foi arte. O artista não "fala" com os simbolos que tu percebes.

Tu estás a dar demasiado valor à tua opinião e à minha. Estás aqui a dizer que o importante é a nossa opinião e não o que o artista tentou transmitir. Isso parece-me completamente errado e até destrutivo.
Imagina que todas as pessoas pensavam assim. Imagina que querias dizer que eu tinha um grande sentido de humor...Tu dizias "Taz, és engraçado!" e eu dizia "Estás a chamar-me de palhaço?". Neste momento o que querias transmitir e o que eu percebi são duas coisas diferentes. O que é que é mais importante? O que eu interpretei ou o que tu querias dizer? O importante é que eu consiga sentir o sentimento que me queres transmitir, senão não houve comunicação. E quando fores falar com alguém sobre o que se passou dizes "Ele percebeu mal..."
Percebes Gaja La Bonne?

Ou seja, arte é uma forma de comunicação, e só é arte se o sentimento ou a ideia que se quer transmitir é captada pelo receptor. Nos outros casos, foi apenas uma perda de tempo.

2:13 PM  
Blogger Marta said...

Quantos pintores conheces? Isto para te dizer que quando aprecias um quadro o que o Artista quer saber mais é a tua interpretação. Ele sabe o que fez e porque fez, ele quer é saber o que os teus olhos vêem.
Mas primeiro é preciso definir o conceito abstracto "ARTE". A arte pode ser a expressão máxima do momento, seja ele histórico ou pessoal. Os historiadores de arte procuram determinar os períodos que empregam um certo estilo estético por 'movimentos'. O artista usa sua capacidade criadora para expor seus sentimentos e sensações, além da imaginação, espontaneidade e experiências. A arte registra as idéias e os ideais das culturas e etnias, sendo assim, importante para a compreensão da história do Homem e do mundo.
Muitas formas artísticas podem extrapolar a realidade, exagerando coisas normalmente aceitas ou simplesmente criando novas formas para se visualizar.

Porque falar de uma forma tão concreta, tornar a arte ou preta ou branca, quando a Arte não é assim? Senhor Engenheiro, a Arte pode ser vista como o senhor quiser e é aí que reside a riqueza da arte. Claro que na minha humilde opinião!!!

3:03 PM  
Anonymous Anonymous said...

"O artista usa sua capacidade criadora para expor seus sentimentos e sensações, além da imaginação, espontaneidade e experiências."

Mas se a Dra. Antropologa não captar o sentimento que ele quer transmitir, ele falhou redondamente. Ou, na sua opinião, um artista nunca falha? Ele cria sempre arte?

3:45 PM  
Anonymous Anonymous said...

"... gosto de olhar para algo, ou ouvir algo e aquilo que me diz, é a minha interpretação do que está diante dos olhos..."

Então, desta maneira elimina-se completamente a necessidade de haver artista. Tudo à tua volta está sujeito a uma interpretação e a causar-te um sentimento.
Exemplos:
Pegas num bilhete de metro e inseres na maquina para o validar. Podes interpretar esta situação, tu representas o bilhete de metro, és plano com alguns rasgos de cor mas plano. A máquina é a sociedade que te quer marcar, dar-te um prazo de validade. E quando esse prazo termina, tornas-te inutil e és deitado fora (reformado)!

Comes um pastel de nata em Belém cercado por dezenas de pessoas a comerem pasteis de nata. Podes de novo interpretar a situação. O pastel de nata representa um casamento que acaba em divórcio. Em cada dentada ele proporciona-te pequenos momentos de prazer mas eventualmente acaba e a unica coisa que sobra é a lembrança de como era o sabor daquele pastel de nata. Depois o doce que tens na boca dá lugar a um amargo mais ou menos acentuado. Por fim isso desaparece também. E para todas aquelas pessoas à tua volta o pastel tem um sabor diferentes.

E existem dezenas de maneiras de interpretar a situações acima referidas.

Da tua maneira de ver, se a tua opinião é a unica que conta e é o mais importante, os artistas são redundantes e desnecessários. Para quê sair de casa e ir ver um quadro se podes ver arte em todo o lado?
Do meu ponto de vista, de analfabeto artistico, a unica maneira de fazer sentido a existência de artistas e a distinção entre um bom artista e um mau artista, é se o objectivo de arte for o de transmitir um sentimento especifico. E o que destingue um grande artista dum mediocre é a capacidade de passar esse sentimento aos outros.

4:09 AM  
Anonymous Anonymous said...

Mas isso deve-se apenas ao facto de teres-te condicionado a isso. O Pavlov ficaria orgulhoso de ti.:)

Vou por as coisas desta maneira, se um artista famoso pegar num bilhetes de metro e o colocar numa das suas obras de arte, tu já vais analisar o significado daquele bilhete de metro, porque é o que estás condicionado a fazer. Dizes a ti próprio "Estou numa galeria de arte, vou tratar isto como trato toda a arte! Vou arranjar um significado para isto que estou a ver!"
Quando compras o bilhete de metro na máquinas já pensas.. não estou numa galeria de arte.. logo isto não é arte.

E tens razão, o bilhete de metro comprado na máquina não é arte. Mas não é por estar a sair da maquina, nem por não estar numa galeria. É simplesmente pelo facto de que ao fazer o bilhete de metro ninguém te estava a tentar transmitir sentimento nenhum.
E isto é que te estou a tentar dizer.. arte é uma interacção entre tu e o autor da obra. O autor quer transmitir-te o sentimento que o levou a criar aquela obra, e se tu conseguires sentir o que ele estava a sentir naquele momento... aí houve comunicação. É arte ao mais puro dos seus níveis.

A ideia megalomana de que uma obra de arte tem o significado que TU lhe queres dar tira todo o valor e peso desta interacção artista-receptor. Estás a dizer "O que o gajo que fez isto sentiu não interessa.. o que interessa é que EU sinto qualquer coisa!".

O nosso amigo 99 disse que "... eu acho q este tipo de pintura só é entendido ou por pessoas com muita imaginação, ou então por pessoas muito inteligentes e com muita imaginação.". Ao longo desta conversa percebi que, na minha opinião, ele está completamente errado. O que é preciso para se entender uma obra de arte é humildade. A humildade de por de parte o que eu sinto, o que eu acho, o que o meu inteclecto me faz sentir.. e entrar na pele do artista. Admitir que eu não importo neste momento.. neste momento o que importa é a obra e o seu criador.

Sinceramente, acho que quem nunca fez isto, nunca sentiu o prazer de ver uma obra de arte. Apenas sentiu o seu ego e os seus sentimentos a transmitirem-lhe coisas. Apenas sentem "Se fosse eu a pintar isto estaria a pensar naquilo...".. e na realidade deviam estar a pensar "O artista ao pintar isto estava numa fase da vida em que lhe aconteceu A, B e C... e isto explica as cores.. etc etc."

Para acabar este longo texto, um artista ao pintar, escrever etc., expõe ao mundo o que lhe vai na alma. Deixa-nos espreitar para o mais profundo cantinho do seu ser.. e se queremos sentir bem aquele momento temos de nos esquecer do que é que nos estamos a sentir e entrar na pele do artista e ver as coisas pelos olhos dele, na situação em que ele está naquele momento. Sentir o que ele sentiu.

6:49 AM  
Blogger Marta said...

o que eu acho que é o conceito de arte não implica que estejamos a falar de preto ou de branco. Eu não estou condicionada pelas teorias de Pavlov eu reajo ao que tenho à frente dos meus olhos, por estímulos provocados pelo artista.
Ok eu sei a que movimento ele pertence - por exemplo o Degas é um impressionista tudo bem, consigo perceber porque é que o quadro foi pintado assim porque até conheço o seu mundo e um pouco da vida do artista, mas o meu estímulo não é por ele ser impressionista, eu reajo`a cor que ele escolheu à postura que ele deu, por exemplo, às bailirinas. A Arte do Século XX, finais do Séc. XIX é quase toda influenciada por Freud, queres algo mais surrealista?. A verdade é que estás correcto na tua perspectiva e eu na minha porque como somos pessoas diferentes temos opiniões diferentes. Eu por exemplo fico a pensar como se chega às vezes à produção de utensílios que para mim, inculta, são uma arte. As mantas que eu tenho no meu sofá são arte...porque é que um bilhete não há-de ser produto de um artista. Quem inventou o código de barras é um artista ...As coisas não tem que ser pretas nem brancas. E mais um artista nunca explica o seu segredo, eu escrevo poesia, eu não te digo porque a escrevi, mas tu és livre de a interpretar.

7:07 AM  
Anonymous Anonymous said...

Tenho duas coisas a dizer à minha amiga La Bonne.

Primeira, a tua maneira de encarar arte.. a tua definição faz com que tenhas de aceitar que tudo o que te provoca um sentimento ou uma meditação mais profunda é arte. E ao veres as coisas dessa maneira, tenho de concordar ctg. Ambos temos razão, porque estamos a falar de duas definições diferentes do que constituí arte.
O Gonçalo está a tentar ficar na fronteira entre as nossas duas opiniões, ele nem é carne nem é peixe. É mais ou menos.. é uma escolha que respeito, mas parece-me ser apenas uma saída facil. É como convém no momento.

Quanto ao escreves e não revelares o porquê. Acho isso uma contradição em termos. Porque o que fazes então, não é escrever poésia, é apenas desabafar em prosa.:) Mas no dia em que abrires as portas e mostrares ao mundo quem eras no dia em que escreveste a tua poesia, nesse dia eu vou sentires o que sentiste nesse momento. Vou viver a tua tisteza, a tua alegria e aí vou sentir a tua arte. Neste momento apenas posso ler os teus textos...

A frase "... eu não te digo porque a escrevi.." é apenas tu a dizeres que não estás preparada para deixar o mundo ver a tua alma. De novo respeito o teu medo de exposição, mas,espero que um dia deixas as pessoas sentirem as coisas na tua pela, em vez de criares uma barreira entre a tua pessoa e o que escreves. Porque dessa maneira a unica pessoa a sentir o verdadeiro peso e valor das tuas palavras és tu... o resto do mundo pode tentar dar-lhes peso, da mesma maneira que eu dei peso a um bilhete de metro. Mas, minha querida amiga, o peso verdadeiro delas é bem mais valioso.

7:30 AM  
Anonymous Anonymous said...

Se todas as pessoas usassem o facto das coisas não serem preto e branco para ficar na zona neutra não existiriam antropologos, nem cientistas, nem mudança (com todas as coisas boas e más que isso acarreta).

Segundo, entre ficar na fronteira e ".. seguir uma ideologia cegamente com todos os seus defeitos.", deixo-te com um proverbio africano.
" Se amas o teu cão, também amas as pulgas dele".

7:41 AM  
Blogger Marta said...

Diz Marc Chagall: "Se se descobre um símbolo no meu quadro, isso não foi o que eu quis. É um resultado que eu não procurei. É algo que se descobre, posteriormente, e que poderá ser interpretado ao gosto de cada um."

Quanto ao Gonçalo posso garantir-te que ele é carne. Conheco-o e ele reaje ao peixe ...peixe nem vê-lo!!! (que piada seca!)

Quanto ao provérbio eu adoro o Ruby, mas se ele tiver as marotas das pulgas a fazerem-lhe mal garanto-te que não gosto delas, e que as mato!

Quanto ao que eu escrevo, sim é um desabafo, mas que raio de pessoa seria eu se ao menos não conseguisse manifestar sentimentos nas minhas frases? A leitura deve revelar-se em manifestãções de sentimento:saudade, desapontamento, alegria, tristeza, ... agora o que causou todos esses sentimentos, usa a tua imaginação, porque aí que está a arte. Usar a cabeça e pensar o que é que podéria motivar alguém a pintar assim, ou escrever de determinada maneira, a fazer uma massa folhada tão estaladiça para os pasteís de Belém... o que quer que seja.
Como eu já referi: "Muitas formas artísticas podem extrapolar a realidade, exagerando coisas normalmente aceitas ou simplesmente criando novas formas para se visualizar."
Até a minha póxima aparição!

4:55 PM  
Anonymous Anonymous said...

Imagina que não conseguias matar as pulgas? Deixas de gostar do Ruby? Ias deixar de alimentar o Ruby só porque isso seria também alimentar as suas pulgas?

5:59 PM  
Blogger Marta said...

TAZ CLARO QUE NÃO IA DEIXAR DE ALIMENTAR O RUBY, pobre dele que já tinha as pulgas a dar-lhe que fazer...mas só se elas fossem más para ele, imagina que lindo como ele é as pulgas só lhe davam beijinhos??? deixa-as lá estar a amá-lo que é o que ele precisa.

Claro que a banda desenhada pode ser arte, o lixo também pode ser arte, mais a banda desenhada provoca sentimentos nem que sejam os de curiosidade, e aquelas personagens que fazem parte do teu imaginário, são ou não são produto da imaginação de alguém que mexe com a tua imaginação?

8:32 AM  

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