Friday, June 27, 2008

Pelas ruas de Lisboa …

Saí do Metro na estação do Rato, procurava uma rua, dei comigo a olhar em redor para encontrar um polícia, um taxista…afinal eles conhecem todas as ruas de Lisboa, certo?


Mas ao sair do Metro percebi que aquela saída, foi uma má escolha, tinha ficado longe destas referências de localização, contudo bem à frente dos meus olhos consegui vislumbrar um quiosque, e raciocinei: “quiosque é comércio de rua e uma rua é o que eu procuro” e se rápido pensei , mais depressa caminhei até ele.


Olhei para o vendedor, esbocei um sorriso e pensei: “ele é indiano, será que ele é que me vai indicar uma rua de Lisboa, a mim, uma lisboeta?”

E foi a pura das verdades não só me indicou o caminho como me disse quanto tempo iria demorar. Sorri e agradeci.


E de seguida pelas ruas de Lisboa encetei pelo caminho que ele me indicou, divagando entre pensamentos cruzados que questionavam o meu pré-conceito inicial.


Num mundo global, Portugal não é um espaço físico de portugueses, mas de pessoas. Pessoas diferentes, que podem conhecer Lisboa melhor do que aqueles que já estão acostumados a ela, os que por defeito possuem naturalidade olisiponense.

Enquanto descia a rua continuava pensando num episódio, recentemente, discutido pela Câmara Municipal de Lisboa, a reunião do comércio importado num único local, onde as pessoas poderiam encontrar os produtos que querem num determinado espaço físico. Imitando o exemplo de Chinatown.

Concluiu-se que esta era uma má opção, que iria isolar as comunidades.

Eu não sei qual será a melhor opção, mas como pessoa e como antropóloga defendo que quem deve escolher, se tiver que se escolher, deverá ser quem for directamente afectado. Portanto devem ser os próprios a decidirem o que é melhor para si.

E foram exactamente, aqueles, 10 minutos que demorei a chegar aqui...

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